segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O BRADO DE PETRÓPOLIS / Pró-Gestão Participativa

Nº 01 - 15 de janeiro de 2014Boletim mensal dedicado à prática da Gestão Participativa

PRIMEIRA PARTE: SOBRE A FPP

Quem somos
Movimento reunindo 61 (sessenta e uma) entidades da sociedade civil e cidadãos de Petrópolis/RJ, cujo objetivo é a prática da Gestão Participativa definida pelo Estatuto da Cidade (Lei federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001). Inspira-nos o artigo 1º, parágrafo único, da Constituição Federal: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos ternos desta Constituição”. Nada mais, porém nada menos.

Nossa história
A sociedade de Petrópolis procura participar da gestão municipal desde o final da década de 70, quando apoiou a criação da FAMERJ (Federação das Associações de Moradores do Estado do Rio de Janeiro).  De 1983 a 1987 viveu período de intensa participação; amargou incompreensões posteriores e alegrou-se com raros momentos de plena harmonia com seus dirigentes. O Estatuto da Cidade, a “Lei Áurea da gestão participativa”, despertou imensas expectativas. Ao cabo de doze anos e meio, forçoso é concluir que o Estatuto não sairá do papel por iniciativa dos Governantes, por temerem estes a “concorrência” aos seus mandatos quadrienais e privilegiarem as óticas de seus partidos ao bem-comum municipal.
Se o povo quer ver a Constituição e o Estatuto cumpridos, deve assumir a iniciativa do cumprimento da Lei.  A união faz a força; as vozes das comunidades municipais livremente unidas, devem substituir a fragilidade dos isolamentos consentidos.
Petrópolis viveu sucessivas tragédias na área da defesa civil. A FPP foi constituída por sugestão da Mitra Episcopal Católica e das principais Igrejas Evangélicas de Petrópolis para cobrar mais eficácia na solução das conseqüências das enxurradas, deslizamentos de encostas e enchentes da Região Serrana em 12 de janeiro de 2011. Vivenciamos todas as fases, desde os inevitáveis sobrevôos até às promessas federais e estaduais sem calendário de execução e às ações decididas em gabinetes, insuficientes e tardias, sem espaço aberto para a gestão participativa representada pelo bom senso sofrido dos moradores flagelados.
Petrópolis muito sofreu e lutou. E oferece a sua vivência para quem achá-la útil.

Nosso propósito
A Constituição Federal foi promulgada em 1988, as Estaduais em 1989, as Leis Orgânicas (via de regra) em 1990, e o Estatuto da Cidade é de 2001. E a participação popular, no planejamento e no processo orçamentário, sequer engatinha em 2014!... Se nós quisermos que as determinações constitucionais e da legislação específica em favor dos verdadeiros detentores do poder - o povo - nos sejam finalmente concedidas, as comunidades municipais ativas do Brasil devem somar-se. Conhecerem-se, conversar entre semelhantes, trocar experiências, construir os caminhos que lhes convierem percorrer. Estabelecer redes de trocas de dados e de experiências, definir atitudes comuns para que a Constituição de 1988 e o Estatuto da Cidade sejam - enfim! - cumpridos no que se refere à soberania popular. Pois, convém repetir: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos ternos desta Constituição”.
Do jeito que as coisas estão, o poder popular é exercido por terceiros, que não são representantes do povo mas sim de partidos, nem cumprem a lei que já regulamentou o exercício direto deste poder.

SEGUNDA PARTE: 0S “BRADOS”

1º BRADO – A POLÍTICA QUE TEMOS E A QUE QUEREMOS

O Brado de Petrópolis de janeiro 2014: Representantes do povo ou dos partidos?
Os Constituintes de 1988, foram eleitos através do voto obrigatório a partir de candidatos apresentados com exclusividade por partidos políticos, de acordo com processos seletivos que definiram - cada qual - internamente; vejam que estamos em janeiro 2014, as convenções eleitorais terão lugar entre 10 e 30 de junho próximo, mas já conhecemos os nomes dos principais candidatos escolhidos pelos partidos. As Convenções de junho apenas referendarão as decisões das cúpulas partidárias. O povo, coitado, embora dele “emane todo o poder” está excluído do processo de escolha dos candidatos, apenas terá que comparecer às urnas para escolher dentre os nomes que não escolheu. Por que o Brasil não adotou, por exemplo, alguma forma de candidatura avulsa ou independente, sem vínculo com partidos, que impediria o monopólio eleitoral dos partidos? O que foi feito das “diretas, já”? 93% das democracias adotam candidaturas independentes!
Era previsível que a Constituição Federal, elaborada por bancadas partidárias, portaria as marcas desta origem. Assim, o Brasil referendou a EXCLUSIVIDADE (caberia a palavra MONOPÓLIO?) aos partidos para a indicação dos candidatos às eleições dos cargos públicos eletivos no Brasil, de vereadores ao Presidente da República. Posteriormente, os partidos se tornaram pessoas jurídicas de direito privado e seus estatutos podem hoje ser livremente alterados por ser matéria interna. Há presidentes de partidos – ferramentas da democracia, que preza a alternância no poder - que já estão no cargo há um quarto de século!... O candidato que não é aceito por uma dessas 32 organizações de direito privado fica excluído do direito de receber votos dos eleitores, os ditos “donos do poder”...
Fica a pergunta: nessas condições, o mandatário eleito é representante escolhido pelo povo que foi às urnas cumprir obrigação legal, ou pelo partido que o incluiu na sua lista e detém o poder de tornar a fazê-lo – ou não – dentro de mais quatro anos? 

Post scriptum
# Sugestões e críticas são bem-vindas!
# Se deseja indicar destinatários para o “BRADO”, agradecemos desde já. Neste momento, a nossa lista de e-mails conta com mais de 3.000 nomes. 
# Caso não deseje continuar a receber o “BRADO”, queira nos dizê-lo. Respeitaremos a sua vontade.

FRENTE PRÓ-PETRÓPOLIS / FPP

Quem escolhe afinal????

9 de janeiro de 2014.
Philippe Guédon

Amigos,

         A Tribuna de Petrópolis publicou, na sua edição de hoje, um artigo que escrevi sobre a falácia de serem os nossos mandatários representantes do povo. Quem os escolhe são os dirigentes dos 32 partidos que hoje atuam no Brasil, os eleitores são compelidos a irem escolher alguns dentre eles. E somente entre estes e ninguém além destes.
         A falência ética e operacional dos atuais partidos é que justifica a necessidade de criação da UDC assim com o eventual resgate do PHS.
         Reparem que Putin e Medjedjev (não garanto a grafia) foram eleitos de modo independente – sem partido – e que Sarkozy, na França, cogita em fazer o mesmo, sempre para não estarem presos a amarras partidárias. É possível a inscrição de candidaturas avulsas em 93% das democracias do mundo; no Brasil, somos todos reféns dos partidos, e no PHS, 4 (quatro) pessoas tudo decidem (vide Estatuto). O PSB acaba de deliberar que todas as questões regionais deverão ser referendadas pela Nacional...
         Tudo bem, mas e a Constituição? Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Só que os representantes não são do povo e sim dos partidos, e o exercício direto do poder é regulamentado em Lei, mas rechaçado por todas as instâncias e poderes.
         Esta é a luta dos democratas, ou a Constituição permanecerá letra morta. Como o Congresso é constituído pelos partidos, entregar o debate ao Parlamento é colocar a raposa para cuidar do galinheiro.
         Adoraria debater eventual contraditório ao meu modo de ver as coisas. Entendo patavinas de leis, mas conheço militância comunitária, vida partidária e a prática da administração pública. E já sofri com a visão da Justiça Eleitoral, que diz aprovar estatutos quando apenas autoriza o registro do texto que não lê. Por que diz que APROVA? Ou muito me engana, ou esta é a bandeira confusa erguida pelas ruas em junho passado: os representantes eleitos representam direções partidárias que são perenes (10, 20, quando não 30 anos!) mas nunca, jamais, o POVO. Este não é representado por ninguém, embora já tenhamos 32 partidos.
    

domingo, 7 de julho de 2013

Presidente Estadual do PHS Rondônia e membro da executiva Nacional do partido é preso em operação contra corrupção

POLÍCIA CIVIL DEFLAGRA MAIS UMA OPERAÇÃO CONTRA A CORRUPÇÃO EM RONDÔNIA

04 de julho de 2012

Apocalipse foi iniciada em 2011 pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) da Polícia Civil de Rondônia,  o Ministério Público do Estado (MPE) e o Tribunal de Justiça (TJRO), e que teve um dos desfechos nesta quinta-feira (4) com o afastamento por 15 dias (prorrogável por mais 15) de cinco deputados estaduais (Hermínio Coelho, presidente da Assembleia Legistativa; Cláudio Carvalho, Adriano Boiadeiro, Jean Oliveira e Ana da 8), a prisão preventiva do vereador de Porto Velho, Jair Monte; e prisão temporária de dois vereadores também da Capital, Marcelo Reis e Eduardo Rodrigues de um total de cinco que integram a lista de 98 pessoas investigadas e 27 empresas de Rondônia, Acre, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, São Paulo, Amazonas e Paraná.

Interessante que o nome do senhor Herbert desapareceu como mágica do site do partido, que não deveria se incomodar já que se tornou hábito ter seus membros investigados ou até mesmo condenados como o senhor Luiz França (operação Caixa de Pandora), e que ainda figura como Secretário Geral do partido com acesso a fundo partidário mesmo tendo seus direitos políticos suspensos.

Fonte: News Rondônia e Rondônia Agora

**Atualizado**

Acusações que pesam sobre o senhor Herbert:

HERBERT LINS DE ALBUQUERQUE, presidente do partido PHS (partido do candidato a vice de LINDOMAR GARÇON, REINALDO ROSA). Há indícios de que utiliza um veículo Gol preto comprado por FERNANDO, e que consta em nome de PÂMELA, esposa de RAILTON (o qual por sua vez é primo de BETO). Durante a campanha eleitoral de LINDOMAR GARÇON, mantinha contato telefônico com FERNANDO acerca de compra de combustíveis.

Fonte: Rondonoticias.com.br


Presos preventivos em Porto Velho 
Adriana Argemiro de Macedo
Alessandro Márcio Santos Domingues
Alexsandro Braga Serrão
Ana Cristina Dias Pontes
Andres Fernandes Dias
Antônia de Souza Araújo
Brunno César Pinto
Cláudio Siqueira de Oliveira
Dino César Marcolino
Eduardo Carlos Rodrigues da Silva
Edvaldo Braga da Silva
Elias Barbosa Dias
Elyeudes da Silva de Oliveira
Eulogio Alencar Barroso
Francisco da Silva Rego
Geisa Gomes da Silva
Herbert Lins de Albuquerque
Isaías Alves Pereira Júnior
Jair Figueiredo Monte
James Façanha da Silva
Jamila Quênia de Araújo Silva
Jone Oliveira Andrade
José Luiz de Lima
José Maria de Souza
Lânia das Dores da Silva
Marcelo Reis Louzeiro
Márcio César Silva Gomes
Maria Margarete da Silva
Marilene Carvalho dos Santos Castro
Marinilo Pereira Trindade
Mark Henrique Ferreira Albernaz
Mauro de Oliveira Carvalho
Orlando Braga Dias Júnior
Railton Lima Siqueira
Roberto Rivelino Guedes Coelho
Sidney Costa Lima
Telesmar Lobato
Thales Prudêncio Paulista de Lima
Vagner Silva de Oliveira

quinta-feira, 28 de março de 2013

PINGA-FOGO VOL 2


28 de março de 2013.

Philippe Guédon

01 - Existe vida partidária inteligente! A descoberta foi feita em Brasília, desmentindo rumores que o PHS era a evidência da agonia partidária no Brasil. Segundo os pesquisadores, o PHS seria um bom testemunho apenas de um importante segmento de nosso leque de Partidos, mas haveria quem não rezasse pela cartilha do Comitê Gestor Nacional. O mundo não gira em torno deste PHS sem conteúdo. Acreditem. 
02 - A Justiça tarda mas não falha. Afirmam experts da área que a máxima popular aplica-se até no meio partidário. Dizem que a venda de velhos sucessos musicais, agora editados em CDs, aumentou muito. Pelas ruas, ouve-se pessoas a cantar: "Ai, ai, ai, ai... está chegando a hora! O dia já vem raiando, meu bem...". Bonita, a letra, não?
03 - Sadi Bogado. Nosso Presidente de Honra do PHS faleceu em Campos/RJ. Solidarista de verdade, esteve presente em mil momentos bons ou difíceis do PHS, inclusive quando já doente. Eu não devo ter percebido, mas o PHS certamente prestou as suas homenagens à Família Bogado, pois não? O Movimento Humanista Solidarista Comunitário não esquece o casal Sadi e Selma Bogado, como não olvida a memória de Luís Claudio Barbosa de Oliveira e de Carlos Henrique de Camargo Alves. Os irmãos de Minas, como Claudio e Wandertey, certamente manifestaram as suas memórias.
04 - Goiás. Já nos mandou Carlos Henrique, agora nos manda Eduardo Machado. O que acrescentar?
05 - O Paraná. Faz jus ao nosso silêncio, assim como sempre nos brindou com o seu. Requiescat in pace.
06 - Nelita Rocha. Nunca dantes, na História deste Partido, uma liderança legítima e massacrada por sentimentos deste tamaninho aqui, ó, caluniada e expulsa, continuou preocupando tanto. Verdade que não está, nem nunca esteve, sozinha. E aquilo que proclama é pura verdade. Tem muito marmanjo apavorado com o que diz a nossa Vice Presidente e, para muitos, atual Presidente legítima do PHS.
07 - Onde está Wally? Faz muito sucesso no PHS um jogo que consiste em procurar um dirigente - Wally - que adora sombra (água fresca também, provavelmente, mas no caso é a sombra que importa). Tudo leva a crer que está em São Paulo, mas está em Brasília. Que deveria estar fazendo isso, mas faz aquilo. Abre-se uma Caixa, e ele pula de dentro. Tem tanta gente participando do jogo, que vão acabar por achá-lo. Se você souber onde está Wally, pode ganhar um prêmio junto a quem o busca.
08 - A pergunta que não quer calar: valeu a pena? Quando vosmecê faz a barba, gosta da imagem que aparece no espelho? A deslealdade no olhar, o rosto a falat de fraternidade traída, as juras que espalhou e descumpriu, tudo o que jogou fora em troca de tesouros que as traças estão comendo? A eterna história da tentação, a partir de maçãs, de sete dinheiros ou de quinze milhões. Pouco importa. O chato é o depois.
09 - Vão-se os anéis, vão-se os dedos também. O que fica? Isso aí.
10 - Continuo filiado nº 1 do PSN, grilo falante. Aguardo o inevitável processo de expulsão, por discordar dos atos e das omissões, das vilanias e dos silêncios, dos malfeitos e das submissões cúmplices. Se fosse só pelo PHS, eu deveria reconhecer que foi um fracasso. Mas a meia dúzia de três ou quatro que recusou-se a naufragar junto com este vírus anti-democrático que é o CGN justica o bom combate. E o MHSC prova a cada minuto que o que importa não são os instrumentos, o que prevalece é o pensamento. E este, nem a ferrugem corrói nem os ratos róem. E hajam ferrugem e ratos. Podem queimar CAP, CANDEM, CADICONDE, CANDEM, CANDEREN, Modo PHS de Governar; podem interromper o Informativo, acabar com o IPHS, substituir tudo por DVDs de ouro a preço de sítios em Goiás ou no Maranhão. O pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que o tempo voa, quando a gente começa a pensar. O bruto não morre, sô!
11 - Recado da BBC para a Resistência: O Equador divide o globo em Norte e Sul. Repito: o Equador divide o globo em Norte e Sul.
12 - Outro recado: Éramos cinco, chutamos um, o último a sair apaga a luz. Pois a conta fica em aberto. Pois a conta fica em aberto.

domingo, 24 de março de 2013

PINGA-FOGO


23 de março de 2013

Philippe Guédon

01 - O IPHS virou suco, o PHS virou Sociedade (muito) Limitada, o Informativo-e PHS cansou de publicar fotos do Grande Irmão, creio que está na hora de trazer o Pinga Fogo de volta. Não fosse senão para dar uma alegria aos que apreciavam os nossos textos pré-22 de janeiro de 2.011.Eram poucos, mas eram bons amigos!
02 - Notem que o Solidarismo é muito mais que o PHS. O PHS era a ferramenta partidária do Solidarismo Comunitário. Veio a noite, e nas trevas levaram a ferramenta embora. Já as idéias, o pensamento, a doutrina, não. Até porque não entenderam nada do que lá estava escrito e do que se praticava no PHS pré-São Luís. Ou seja, levaram a arca e deixaram o tesouro. E a moralidade, e quem o diz não sou eu, não me comprometam.
03 - O Movimento HSC vai bem, obrigado. Se é exato o que me contam, um dos membros de primeira hora do Movimento teria sido convidado a ocupar a presidência do partido em Estado do NE. Ficamos satisfeitos, o que demonstra a nossa total isenção.
04 - Temos que reconhecer que o PHS está mais atuante do que na época em que o frequentávamos. Verdade é verdade e tem que ser dita. Já elaboraram cinco Estatutos desde que Paulo Roberto Matos trocou amizades fraternas por eficientes gestores financeiros, o que dá uma média de um a cada cinco meses. Nem o TSE consegue acompanhar o ritmo, está lervando cada vez mais tempo para "aprovar" estatuto do PHS. E botem aspas no "aprovar".
05 - Diz a Constituição Federal (art. 17) que os partidos devem defender o regime democrático. Um marciano de visita à Terra poderia perguntar o que tem de democrático um Conselho Gestor Nacional de meia dúzia de três ou quatro membros que pode revogar qualquer deliberação da Convenção Nacional. E, em vez de assegurar alternância no Poder, garantem os Conselheiros Gestores as suas poltronas almofadadas por décadas.
06 - Aliás, eu tinha uma dúvida, que talvez alguém possa me esclarecer. Quem é suspenso de seus direitos políticos não pode filiar-se a partido. Mas dirigi-lo, pode? E participar de deliberações sobre uso de verbas do Fiundo Partidário, pode? Entre os leitores, penso que haverá quem tenha profundo conhecimento da matéria.
07 - "Imoral, até pode ser; mas não é ilegal!". Essa máxima deveria se o ponto central do próximo programa do PHS. Nada obsta a que o programa se encerre pelo famoso "vem para cá você também!", mas o eleitor saberia o que o espera. Notem que não era bem o que se pensava construir lá no Recanto de Nossa Senhora da Boa Viagem em 95, ou pelo menos não passava na cabeça da maioria. Mas, agora, acabou essa ingenuidade tola e o PHS é uma máquina pragmática. Moralidade? Ora, direis, ouvir estrelas!...
08 - Em vez de construir a proposta Solidarista Comunitária, o PHS dedica-se a frequentar Varas Cíveis, Delegacias, Promotorias de Justiça Especializada Criminal e quejandos. Há quem ache bacana (eu conheço quem vibra com essas justas, e é bom na arte). O negócio é deixar claro que imoral, é, e nem dá para negar. Mas não chega a ser ilegal. Parece aquela questão de Caixa Dois e dos Fundos não-contabilizados. Há distinções que colam e outras que não colam. A diferença é tênue, muito tênue, tênue mesmo. Numa dessas, a linha é transposta. Ou já o foi? O malfeito é um ilícito, ou não chega a ser? E quem comete um ilícito é um malfeitor?
09 - Alguém poderia informar se há, de fato, entendimentos para aproximar o PHS e o PRP para criar um partido de porte quase-médio, somando as realizações de um e de outro, o que dá um somatório respeitável? Puxa, PHS e PRP, juntos, é uma idéia 51.
10 - Para não cansar a paciência alheia, fiquemos por aqui. Só uma última perguntinha: na opinião dos amigos, sinceramente: ata não assinada pelos presentes e recheada de mentiras, é imoral ou é ilegal? A pergunta é teórica, mas creio que interessa aos militantes. Sabem, aqueles que se aprimoravam num curso boboca e gratuito chamado CIBAM, substituído por DVDs que valem ouro?

terça-feira, 12 de março de 2013

NUNCA TANTOS DEVERAM TAL DECADÊNCIA A TÃO POUCOS


(Philippe Guédon, reconhecida a inspiração do título em frase de Sir Winston Churchill)

Paulo Roberto Matos - então presidente do PHS e hoje defenestrado por seus parceiros - entregou o Partida aos seus novos Amigos com a cumplicidade de meia dúzia de três ou quatro ambiciosos dirigentes do Partido. Entregou uma História, suas expectativas, seus erros e acertos e os sonhos de 105.000 filiados a um grupo de três ou quatro profissionais da má política. Estes que compõem o malfadado Conselho Gestor Nacional do PHS.
    Sim, a Lei abria e ainda abre brechas.
    Sim, o TSE permitia e permite que ocorram absurdos sobretudo ao "aprovar" Estatutos que parece não ler.
    Sim, o DF oferece práticas cartoriais e administrativas mais amenas qua as adotadas pela maioria dos Estados. "Understatement".
    Sim, o golpe foi bem preparado (reparem que nem Júlio César - o original - escapou da facada pelas costas, e o Imperador era bom de briga. Mas logo Brutus, o próprio filho?), aproveitando todas as fraquezas geradas pelas circunstâncias e pela confiança fraterna.
    Mesmo assim, causa pasmo a constatação que 105.000 filiados, beneficiários há anos de práticas Solidaristas Comunitárias intensas (páginas eletrônicas transparentes, jornal mensal de circulação initerrupta, Formação permanente, recurso a plebiscitos, democracia interna operacional), tenha assistido, sem esboçar uma mínima reação, à transformação do PHS, Partido Humanista da Solidariedade  em Partido dos Homens Superiores, lá onde cinco pessoas (Paulo, Eduardo, França, Belarmino e Claudio) assumiram o poder total e impuseram o regime das trevas, sem atas, cursos, debates, contraditório, boletim, uso da internet e - pudera - plebiscitos. Tudo é centralizado, tudo é Brasília, tudo é culto da personalidade (e que personalidades!), tudo é cifrável, negociável, desmontável. É a era do Conselho Gestor Nacional (Politburo). Inconstitucional, aliás, pois todo partido deve zelar pelos princípios da democracia),
    Objeto de piada a nível nacional, o PHS teve de engolir o destaque dado por "O Globo" à uma frase lapidar de seu presidente: "Pode até ser imoral, mas não é ilegal". Já havíamos lido sobre raciocínio do mesmo padrão ético desenvolvido em outras plagas mas ver este mote importado pelo PHS é de lascar. E, novamente, o que mais doi, é o silêncio, a passividade, a OMISSÂO, dos 105.000 filiados. Quem arrastou o PHS na lama não foi ninguém de fora, foi o seu presidente, ao afirmar a base doutrinária sobre a qual alicerçava a sua administração. Driblado o Código Penal, pode tudo.
    Nada teria acontecido sem a minha impossibilidade de viajar para São Luís do Maranhão - caso pudesse, teriam levado a Convenção para o  Pico da Bandeira - e a detalhada esterilização das verdadeiras lideranças do PHS. Mas quem poderia prever a pasmaceira geral? A permissividade sem limites? O "me engana, que eu gosto" levado a tais píncaros?  Pois o poder maior do Partido era a Convenção Nacional. E se esta topou o monstrengo que é o Conselho Gestor Nacional composto com os QUATRO Príncipes da Nova Doutrina (Auto-Solidarismo) e reis do Dízimo, agora sem Paulo pois o quociente melhora 20%, vamos e venhamos, não pode dizer que não tem culpa no Cartório de Brasília.
    Como, de que maneira, por que, 105.000 se curvaram a tal ponto diante de apenas quatro, deixaram o Partido tornar-se nanico por vontade própria, de aluguel por "doutrina", merecedor de chacota por vocação, creio que nunca entenderei. Vejo diante de meus olhos figuras que sempre respeitei, algumas que admirei, e não posso deixar de avaliar que o nome do PHS atirado no valão só pôde acontecer com a sua permissão, por atos e omissão.
    Eu sempre achei que era tempo, ainda e sempre. Tempo do PHS constatar que não pode se reconhecer nessa lamentável caricatura de tudo que combateu: o nanismo moral, a centralização levada à potência N, o autoritarismo, o personalismo de parca inteligência, a mercantilização.
    Acordar é fácil. Basta querer. Como acredito na pessoa humana e no livre arbítrio, aguardo que a evidência abra os olhos mais embaçados. Se os que discordam se levantarem, perceberão que são legião, dominada por quatro tiranetes. Quando ecoará o CHEGA! do Oiapoque ao Chuí?
    Se alguém pensa que tenho interesse pessoal nesta história, lamento os argumentos que não permitem ilusões a respeito. 80 anos e 23% de capacidade cardíaca remanescente são afirmações da certidão de nascimento e do eco-dopler.  Paulo e seus companheiros o sabiam e deram-se bem ao derrubar quem mais não podia defender o Partido e ao isolar os poucos resistentes conscientes.
    Salvem o PHS, não por mim, que nada mais posso fazer em seu favor, mas por vocês, pelo Solidarismo Comunitário, pelo Brasil!

domingo, 10 de março de 2013

O CICLO


09 de março de 2013.

Philippe Guédon 

O PHS nasceu da vontade de cidadãos e cidadãs que não se contentaram em resmungar na frente de suas TVs, e aveitaram doar tempo e recursos (ó, quanto) para uma obra oferecida ao Brasil. Entre erros e acertos, o Partido evoluiu em ambiente hostil - lembram da cláusula de barreira e das acusações idiotas de nanismo, como se fosse normal algum ente nascer grande na nossa Natureza? - e alcançou porte e nome suficientes para  despertar a cobiça dos profissionais da má política.
    Tais figuras, que se podem encontrar de pronto no Google com referências nada abonadoras, precisavam dispor de aliados no seio do Partido, até então um "band of brothers" desarmado. Cá entre nós: trabalhinho fácil este, pois é sabido que desde o Homem de Cro-Magnon o trio grana, poder e vida bem gozada calam a grande maioria das consciências. Tratava-se de conquistar cumplicidades, isolar ilhotas de resistência amadora e desfrutar dessa imensa força que caracteriza as nossas sociedades, quaisquer que sejam, do eleitorado total à associação de moradores da rua lá de onde o vento faz a curva: a inércia (não fosse assim, não conheceríamos Poderes Públicos frequentemente tão chinfrins).
    Encerrados os preparativos com uma técnica despudorada cuja eficiência saúdo e desprezo, o golpe foi assenado com maestria em 22 de janeiro de 2.011. Pronto, o Cavalo de Troia fora introduzido no Partido. Começava a fase dos expurgos, sabiamente escalonados: expulsão de Nelita, afastamento de Sílvia, tentativa de me amordaçar, cabeças cortadas aqui e ali. Impossível que não fossem impetrados processos contra tão óbvias malandragens. Mas, eis mais um ponto: todo malandro sabe onde a Legislação brasileira deixou, esqueceu ou previu um espaço de terra-de-ninguém. É o caso com os Partidos. Criar uma Fundação que vai responder pelo uso de 20% dos recursos do Fundo Partidário para formação e pesquisa, é tarefa que não é dado a todos cumprir, pois os Ministérios Públicos costumam ser rá lá de severos, na grande maioria dos Estados. Já, alterar um Estatuto partidário, ou descumpri-lo, desafiam o bom senso. Ninguém controla nem fiscaliza, todos carimbam, a Corte Superior diz que aprova o que aveitou fosse registrado e a Vara Cível não ousa afrontar Plenário de sete Ministros, arguindo normas estatutárias "aprovadas". .Puro Kafka. Ou Stanislaw Ponte Preta? Assim, os processos, entre duas partes "iguais perante a Lei" (rs rs rs), onde uma paga todas as despesas de seu bolso e a outra pode recorrer a dinheiro público, e a primeira ainda por cima tem que enfrentar a arapuca legal que lhe é imposta (o que lhe cria um ambiente contrário), usam concluir-se por decisões do tipo "a inicial é inepta" após processo de fritura que leva meses e anos de sangria financeira, emocional, de toda ordem. E deixa o sentimento de ser trouxa. "Deseja recorrer" ouve-se perguntar. "Para que?" reposnde, e esta pergunta deveria ecoar nas mentes dos Patriootas preocupados com o bem da Nação.
    Tomado o controle, limpa a área, assegurado o espaço à volta povoado por boas almas que "me deixem em paz, não quero nem saber, sou candidato a vereador" pode, assim, o novo grupo de controladores passar para a etapa seguinte.De estatuto em estatuto, cinco em menos de dois anos, adota instituições que ferem a Constituição, as leis, a ética, os bons costumes, a decência. Ninguém vai ler, mesmo... E cria-se a excrescência do Conselho Gestor Nacional todo-poderoso, acima do bem e dono do mal. Cinco pessoas dominando 110.000 com mais poder do que D. João VI.
    Iria parar por aí? Não. Além de centralizar tudo, sobretudo as receitas, grana, grana, grana, e o Solidarismo Comunitário às favas, inicia-se a autofagia. Iniciamos cinco, mas o rachuncho por quatro resulta melhos que divisão por cinco. E quem abriu as portas para que o Cavalo de Troia ingressasse no PHS é devidamente expurgado, e outros mais aqui, ali e acolá. O time dos descontentes vai engrossando. O destacamento de Brancaleone vira seção, companhia, batalhão e exército. A maionése engrossa, apesar de tudo. Vai se aproximando a fase derradeira que todo investidor em Bolsa conhece. Comprei, lucrei, agora eu me desfaço das minhas "posições", a qualquer preço, de qualquer modo que ainda me renda algo ou algum, e ciao e bênção, acabou o PHS. A derrocada acontecerá sem que ainda estejamos por aqui. Já em local incerto e não sabido, como é o estranho caso de um dirigente do neo-PHS.
    Como se dará essa fase do escafeder-se? Não sei, embora tenha idéias e ouça rumores. Vejo-a como inevitável, pois o PHS já é mero bagaço, sem sumo doutrinário nem ideológico, já deu o quer era para dar. Só o Fundo Partidário é pouco para os modernos idealistas que o tomaram por abordagem pirata; não compensa os riscos e a crescente trabalheira de defender o indefensável, nem o custo de contratar cada vez mais consultores e assessores com a grana que era para ter outro destino. . O PHS deixou de crescer para inchar - não foi o primeiro, não será o último - agora, parou de inchar, já tem barões o quanto baste e estes não são ingênuos nem se dispõem a serem ordenhados sem claras contrapartidas. A hora da Solução Final se aproxima.
    Aos mentores do processo, expresso a minha revolta pelo assassinato de um Partido em troca de nada que mereça respeito. Aos inúmeros que permitiram que um verdadeiro Partido, com seus erros e fraquezas, mas uma Casa séria, sumisse do mapa em troca de seu conforto, conto da minha dor. Às Autoridades que ensejam ou permitem que o nosso sistema partidário conheça a decadência que vive hoje, o meu pedido de revisão de práticas, a começar por não carimbar como "APROVADO" o que só foi "AUTORIZADO PARA REGISTRO".
    Se estou errado em algum ponto, peço desculpas. Se estou certo em algum aspecto, imploro providências. Se alguém acha que me diverte, aos oitenta anos, colocar na cabeça o elmo rachado, vestir a velha armadura de lata e cavalgar Rocinante, pode titrar o cavalinho da chuva. Não gosto, não me convém, mas NÃO ME OMITIREI. O Brasil não sai ganhando com a falta absoluta de controle partidário e com regras de organização feitas para beneficiar grandes massas dóceis, onde quer que se encontrem. Cá entre nós, esse sistema de apoiamentos é uma VERGONHA! Como a aceitação de estatutos que ofendem a moral e a Constituição.